O governo decidiu elevar marginalmente sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto, o PIB, de 0,81% para 0,85%, com uma estimativa de inflação para 2019 de 3,6%. Os dados são do Ministério da Economia. A estimativa aumentou por conta do resultado do PIB no segundo trimestre deste ano. Confira mais no blog.
Entenda a alta
Essa pequena elevação ocorre após quatro cortes seguidos na previsão de crescimento da economia brasileira para este ano. O orçamento de 2019 foi elaborado prevendo que a economia cresceria 2,5%. Em março, a previsão caiu para 2,2%, em maio passou para 1,6% e, em julho, para 0,81%.
A nova estimativa foi divulgada após o resultado do PIB do segundo trimestre deste ano – que cresceu 0,4%, na comparação com os três primeiros meses do ano. O número veio um pouco acima do esperado pelo mercado e afastou o risco de entrada do país em uma recessão técnica, caracterizada por dois trimestres seguidos de retração do PIB.
De acordo com o Ministério da Economia, a previsão é de que ocorra uma aceleração da recuperação da economia brasileira ainda no mês de setembro, com o início da liberação dos recursos do saque imediato de R$ 500 do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).O governo prevê pagar R$ 39,9 bilhões a 96,5 milhões de trabalhadores com a medida.
O secretário especial de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, argumentou que mudanças na economia acontecem gradualmente e não se dão por "saltos, são passo a passo".
Inflação um pouco menor
A expectativa de inflação para 2019, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), baixou de 3,8% para 3,6%. A secretaria do Ministério da Economia afirma que a intensidade da descompressão do preço dos alimentos que foi a responsável por parte da queda da estimativa.
Com isso, a expectativa de inflação para este ano segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).