A Black Friday é famosa nos EUA e agora é uma febre no Brasil,mas os descontos proporcionados aos americanos estão bem melhores do que os dos brasileiros. Uma grande vilã é a carga tributária, que não muda.
Nos EUA, a maioria dos impostos sobre bens de consumo variam de Estado para Estado. Tem Estado que não cobra impostos sobre vendas, o turismo interno movimenta a Black Friday mais do que na popular Califórnia. Já no Brasil, a alíquota não diminui e a carga tributária continua sendo a mesma. O que acontece é que sendo um preço menor a pessoa paga em termos absolutos menos imposto.
Alta Tributação dos mais vendidos na Black Friday
Os produtos que costumam ser mais procurados por consumidores na Black Friday são também os que possuem as maiores fatias de impostos embutidas em seu valor, segundo levantamento do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação). Os impostos podem chegar a 72% no preço final, de acordo com a entidade. De acordo com o instituto, os itens mais buscados nesta data são os eletrônicos e eletrodomésticos, produtos em que a carga tributária é mais pesada. No preço do videogame, por exemplo, 72,18% são impostos. Em um smartphone importado, 68,76% vai para o governo. Em uma máquina fotográfica, 48,21%.
Para especialistas, a maneira como a tributação é cobrada no Brasil deveria mudar. Entre as alterações mais urgentes estariam a distribuição do Imposto de Renda, a tributação sobre a produção e circulação de mercadorias e a emissão de nota fiscal de serviços.
Descontos da Black Friday
De acordo com economistas, uma boa dica para a pessoa perceber se está compensando fazer a compra na Black Friday é fazer a pesquisa de preço nas lojas eletrônicas e a partir desse valor encontrado na Internet verificar a precificação que está sendo adotada pelas lojas físicas. O ideal é acompanhar os preços do produtos que se pretende comprar até três meses antes da Black Friday pela web para observar se no site de vendas existe realmente o desconto e se o preço está efetivamente menor.