Justiça determinou que sete investigados utilizem tornozeleira eletrônica, entre eles um servidor do INSS
A Força Tarefa Previdenciária e Trabalhista deflagrou, na manhã desta segunda-feira (21/09), a operação Urbsluzia, nos estados do Piauí e do Maranhão. Durante a ação, foi determinada a instalação de tornozeleira eletrônica rastreável em sete investigados, acusados de integrar esquema criminoso que fraudava benefícios de pensão por morte e salário-maternidade. Dentre eles, está um servidor do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que também será afastado das funções por determinação judicial.
Além disso, o Juízo da 1ª Vara Federal em São Luís (MA) determinou o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão e outras medidas restritivas de direitos. Os mandados foram cumpridos nos municípios de Luzilândia (PI), Mata Roma (MA) e Tutóia (MA). Neste último, as buscas ocorreram na Agência da Previdência Social onde se processavam os benefícios.
As investigações identificaram que organização criminosa era especializada em criar e inserir dados falsos nos sistemas previdenciários para obtenção dos benefícios. Contava com a participação do servidor do INSS, responsável pela concessão dos benefícios irregulares.
Os supostos segurados eram cooptados por familiares do servidor e também contavam com apoio de um policial militar para dar segurança no momento dos saques, em espécie, dos benefícios junto à rede bancária. Na maior parte das vezes, eram retiradas grandes somas referentes a valores retroativos.
A Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia estima um prejuízo de R$ 1,8 milhão em valores pagos indevidamente. Porém, a economia proporcionada, considerando-se a expectativa de sobrevida, chega a pelo menos R$ 4,2 milhões, que seriam pagos futuramente aos falsos beneficiários, caso a fraude não fosse descoberta. Após a análise dos documentos apreendidos, poderão ser identificados outros benefícios previdenciários a serem avaliados pela Força-Tarefa, resultando em cifras ainda maiores.
Aproximadamente 40 policiais federais da operação. Recebeu o nome de Urbsluzia em alusão ao município onde eram cooptados os pretensos beneficiários e em nome dos quais eram concedidos os benefícios fraudulentos.
Fonte: Governo Federal